Demorou muito para o pessoal da sustentabilidade corporativa entender que precisava de tecnologia. Demorou, mas, hoje ela já está na rotina da área. Só que junto da modernidade, veio o problema das soluções óbvias. A verdade é que o que existe no mercado de tecnologia para gestão da área, hoje se resume, basicamente, a três produtos:
- Banco de dados para inventário de carbono ou para relatório de sustentabilidade. Sem gestão e análise de nada.
- Algoritmo de cálculo de risco de fornecedores. Que analisa um único momento: a homologação. Análise de risco em tempo real? Não há.
- Sistema para consolidação de respostas e construção de matriz de materialidade.
Pois bem, como sou uma vovozinha inquieta, que ODEIA fazer o óbvio, em 2020/2021 desenvolvi uma inteligência artificial que potencializa o engajamento para sustentabilidade e faz análise estratégica da empresa por meio das pessoas. A premissa foi a de que a falta de engajamento das pessoas para sustentabilidade poderia colocar um negócio em risco. E que identificar essa maturidade de forma individual era simplesmente inviável. A tecnologia se fazia mais do que necessária.
Essa inteligência artificial se chama LAIS e foi para o mercado muito antes de inteligências artificiais entrarem na moda. Mas, convenhamos, isso aconteceu no longínquo ano de 2020. Então era óbvio que a vovozinha inquieta não ia parar nela.
Pois bem, falemos sobre matriz de materialidade, um processo muito importante dentro da sustentabilidade corporativa. Imagino que o pessoal que esteja me lendo agora, em sua maioria, não seja profissional da área. Então vou dar uma brevíssima explicação sobre o conceito: materialidade é a definição dos temas estratégicos de sustentabilidade de uma empresa que irão nortear o que será feito nos próximos três a cinco anos. Basicamente isso.
E aí que esses temas são definidos a partir de consultas a stakeholders internos e externos e a metodologia utilizada pode ser quantitativa ou qualitativa. Acontece que há diversas falhas nessa etapa de consulta, principalmente quando o método escolhido é quantitativo. E mesmo que uma empresa elimine ou minimize os problemas da metodologia, a natureza da atividade continuará apresentando problemas.
Você pode construir uma matriz com base em stakeholders qualitativos, que é o ideal, você pode fazer uma exímia seleção deles, que é bem complicado, e você pode utilizar técnicas que minimizem vieses. Ainda assim, mesmo se tudo isso for feito (e nunca é), a natureza da construção da matriz de materialidade continuará sendo baseada na OPINIÃO DAS PESSOAS.
Resumindo, o que acontece hoje é as empresas definem suas diretrizes estratégicas de sustentabilidade de médio e longo prazo a partir da opinião de pessoas. Pessoas estas que, não raro, não fazem a menor ideia de como funciona a sustentabilidade dentro da empresa. Não te parece estranho isso? A mim parece. E muito.
Foi por isso que a vovozinha inquieta passou alguns meses matutando sobre como mudar o cenário. Como a tecnologia poderia de me ajudar a definir esses temas estratégicos de uma forma assertiva e baseada unicamente em dados? Será que se eu misturasse inteligência artificial, ciência de dados e, talvez, blockchain, poderia ter um borogodó?
Sim, meus queridos, poderia e deu um baita de um borogodó!
É por isso que nós do Sustentaí estamos desenvolvendo a MAIA, a primeira inteligência artificial que define a materialidade de uma empresa a partir de dados, estatística e contexto. Uma tarefa que em consultoria demora de 2 a 3 meses para ser feito e que com o auxilio de IA pode ser entregue em questão de horas, com resultados muito mais assertivos e orientados para o negócio. Sem contar que o custo cai drasticamente. Nada de opinião. Materialidade apenas baseada em fatos e dados.
E você, já pensou em como pode ajudar a potencializar a sustentabilidade de uma empresa por meio da tecnologia?
Por Julianna Antunes
Fundadora do Sustentaí