Vida longa ao mainframe

A plataforma mainframe nasceu na década de 1940 e, desde então, se distingue das demais plataformas. É a única capaz de garantir índices elevados de disponibilidade e segurança, além de ser reconhecida por sua estabilidade, ambiente unificado, e a possibilidade de extrair dados por parâmetros e hierarquias de usuários. Também permite a centralização do hardware, que facilita a detecção e resolução de falhas , características que fazem da plataforma  uma solução extremamente segura e  robusta para clientes que precisam processar um volume muito grande de dados, como empresas financeiras e de telecomunicações. 

Uma pesquisa realizada com CIOs das 100 maiores empresas da revista Fortune identificou que  70% deles consideram o mainframe estratégico para rodar aplicações críticas. O mainframe foi por muitos anos o coração da TI de muitas companhias. Muito foi investido nessa tecnologia, seja em infraestrutura, desenvolvimento e implantação de aplicações ou em desenvolvimento de capacitação profissional. Porém, no mundo cada vez mais tecnológico, o diferencial competitivo não está em simplesmente dispor de recursos e sim, em como otimizar sua utilização de forma estratégica.

Por isso, as empresas de tecnologia estão criando ferramentas que aumentarão a eficiência operacional, incrementando a produtividade e a eficiência com o intuito de gerar mais valor aos negócios dos clientes. Além disso, oferecem os mecanismos necessários para que o cliente tome decisões corretas e de forma imediata. Dessa forma, os retornos são dinâmicos e suprem as necessidades do ponto de vista de disponibilidade de informações.

Por conta disso, o principal desafio é justamente a atualização de sistemas para dialogarem com um mundo cada vez mais conectado e complexo. É possível fazer a modernização da TI de uma empresa sem que seja preciso jogar fora todos os investimentos realizados ao longo dos anos. O que muitos não sabem é que não é preciso começar do zero uma migração para sistemas de baixa plataforma ou cloud. É possível fazer a transferência de aplicativos de legado de maneira segura, automatizada e em curto prazo.

Para isso, já existe o serviço de migração ou modernização (re-hosting) que utiliza uma ferramenta automatizada para modernizar as aplicações sem perder regras de negócio, por meio de conversão de códigos, base de dados e ambientes, proporcionando redução de custo e consumo de MIPs (milhões de instruções por segundo). E ainda distribui a carga do mainframe, reduz custos operacionais, aumenta a performance, permite a comunicação integrada com outros aplicativos e diminui o risco e o tempo gasto na migração.

Em curto prazo, as aplicações da empresa estarão em linguagens mais simples, rodando em baixa plataforma e com uma interface mais amigável ao usuário final. Em um projeto de modernização, a empresa pode chegar a diminuir custos operacionais e consumo de MIPs em até 77%.

O mercado global de plataforma mainframe tem registrado um crescimento constante nos últimos anos e o Brasil está entre os quatro maiores mercados para esta solução em todo o mundo. A única diferença é que foram diminuindo de tamanho, consomem menos energia e estão mais baratas. Ganharam versatilidade para suportar outros sistemas e são capazes de operar sem parar 24 horas por dia.

*Breno Barros é executivo de pré-vendas Global da Stefanini.

Site: Computerworld
Data: 13/02/2015
Hora: 8h15
Seção: —–
Autor: Breno Barros
Link: http://computerworld.com.br/tecnologia/2015/02/13/vida-longa-ao-mainframe/

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