Tendência: social commerce impulsiona desenvolvedoras

Tudo indica o crescimento do recente fenômeno da internet mundial chamado de social commerce: as vendas online avançam rapidamente; já em 2011 elas registraram aumento de 21%, chegando a R$ 21,5 bilhões no Brasil, segundo a consultoria E-BIT. De acordo com estimativa da mesma empresa, nos próximos cinco anos, entre 10% e 15% do consumo mundial será feito nas redes sociais, especialmente no Facebook – com seus mais de 800 milhões de usuários, que compartilham cerca de quatro bilhões de itens por dia (como textos, fotos, vídeos e músicas). Nesse contexto, o Brasil vive um momento particular: no ano passado, o País registrou um aumento de 300% em número de usuários ativos no Facebook, que saltaram de 9 milhões para 35 milhões em apenas um ano, tornando-se a quarta nação do mundo que mais usa a rede criada por Mark Zuckerberg, segundo dados do próprio site.

Diante desse cenário, o empresário Gabriel Borges criou, em parceria com a Dextra Sistemas, a primeira empresa brasileira que viabiliza a criação de lojas online no Facebook: a Like Store. Até o momento o serviço já conta com mais de 2.900 lojas e aproximadamente 8.700 vendas. Por cada operação, a Like Store cobra 2% de comissão. Outros 5,9% vão para a empresa que fornece a solução de pagamento digital. A expectativa das companhias é realizar 150 mil transações com um ticket médio de R$120, movimentando cerca de R$18 milhões até agosto deste ano.

Borges afirma que a social commerce é uma aposta promissora e segura no Brasil, já que a população é bastante ativa social e virtualmente. “O brasileiro é altamente sociável, no mundo real e também no mundo virtual. Para se ter uma ideia, enquanto um usuário de redes sociais no mundo tem, em média, 130 amigos, há estudos que mostram que no Brasil, temos em média 231”, ressalta. Ele acrescenta que uma das vantagens da comercialização nas redes sociais é que as compras podem ser compartilhadas com amigos, o que gera bastante repercussão dentro do ambiente virtual.

Também atenta a esse mercado, a desenvolvedora carioca E-Like abriu um shopping virtual dentro do Facebook; o Meu Shopping. Atualmente, 12 lojas fazem parte do aplicativo: Cantão; Castelinho; Enoteca Fasano; Glamour; Hope; Maria Bonita Extra; Pepper; Redley; Reserva; Richards; Sack’s e Salinas. O lucro da E-Like também é proveniente de uma porcentagem, não revelada, sobre cada compra efetuada na plataforma. “Ter uma loja dentro de uma rede social é especialmente vantajoso para micro e pequenas empresas que não podem ter um espaço físico”, afirma a diretora da empresa, Tatiana Albuquerque.

Ambas as plataformas funcionam como aplicativos do Facebook. O usuário tem que permitir que o programa acesse sua conta para visualizar as lojas. Cada loja é independente e, para efetuar uma compra, é preciso curti-la. Todo o processo, incluindo o pagamento, é feito dentro da rede social.

A Dextra Sistemas foi responsável pela tecnologia usada na Like Store e realizará toda a sua evolução e customizações para futuros clientes que queiram se integrar à loja. Borges explica que, uma das atualizações foi a recente parceria da Like Store com o Site Blindado, que irá aumentar a segurança no aplicativo usado dentro da rede social. “Hoje a Site Blindado é responsável pelas soluções de segurança dos principais portais e e-commerces no Brasil. Seu portfólio garante credibilidade suficiente para deixar nossos programadores responsáveis apenas pelas novidades tecnológicas da plataforma”, ressalta o executivo.

Gostou desta matéria? Ela foi divulgada no boletim da InovaTICs de fevereiro. Para ler o informativo, acesse: http://www.inovatics.com.br/

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