
Batizada de Emy, a tecnologia desenvolvida pela baiana Cubos Academy já é usada por empresas como Descomplica, Sanar e pela universidade americana MUST, na Flórida
Uma startup nordestina está chamando a atenção do setor educacional global com uma inovação que promete mudar a forma como estudantes aprendem. A Cubos Academy, escola de tecnologia com sede na Bahia, desenvolveu a Emy, uma inteligência artificial que acompanha as aulas em tempo real junto com os alunos e responde dúvidas com base no conteúdo da própria instituição de ensino.
A proposta vai além dos tradicionais chatbots: Emy “vê” e “ouve” o que o estudante está assistindo, compreende o contexto da aula e responde a perguntas como “o que significa esse código?” sem que o aluno precise dar detalhes adicionais. A IA também sugere questionamentos ao fim das aulas, reforçando o aprendizado de maneira ativa.
Com mais de 100 mil usuários no Brasil, a Emy agora rompe fronteiras. A Metropolitan University of Science and Technology (MUST University), da Flórida (EUA), passou a integrar a IA brasileira à sua plataforma de ensino a distância. A universidade norte-americana aposta na tecnologia como ferramenta para tornar a aprendizagem mais inclusiva, personalizada e eficaz. “Entendemos que cada pessoa tem um estilo de aprendizado único. Apenas vídeos e exercícios nem sempre bastam. Com IA, conseguimos adaptar o ritmo de estudo à realidade de cada aluno”, explica Giulianna C. Meneghello, presidente da MUST.
Empresas brasileiras como Descomplica e Sanar também já adotaram a Emy em seus sistemas, destacando-se pelo uso de IA generativa com foco específico em educação — algo ainda raro no mercado.
Segundo a Cubos Academy, a Emy já respondeu mais de 850 mil perguntas e possui um índice de 97% de aprovação dos estudantes. José Messias Junior, CEO da edtech, destaca que a Emy foi pensada para resolver um problema real enfrentado pelos alunos: a falta de acesso imediato a respostas confiáveis. “Muitos estudantes buscam respostas no Google por vergonha de perguntar ao professor ou por estudarem fora do horário de aula. A Emy resolve isso com base no conteúdo da própria universidade, oferecendo respostas seguras, contextuais e instantâneas”, explica Messias.
Além disso, a Emy pode ser configurada para estimular o pensamento crítico, incentivando o aluno a refletir além da dúvida inicial. Essa personalização de “personalidade” pode ser ajustada por cada instituição, criando uma IA que não apenas responde, mas ensina a perguntar melhor.
O futuro da educação já começou – O caso da Cubos Academy é mais um exemplo de como a inteligência artificial está redefinindo o processo educacional. Em vez de substituir professores, ferramentas como a Emy surgem como aliadas no engajamento e na personalização do aprendizado.
Texto: Redação TIRio