Seu próximo emprego será escolhido por uma IA — e não será pelo LinkedIn

seu próximo emprego será escolhido por uma ia — e não será pelo linkedin

A OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, prepara-se para entrar em um novo mercado: o de recrutamento e seleção. A empresa anunciou que lançará, em 2026, uma plataforma de empregos baseada em inteligência artificial (IA), com a proposta de competir diretamente com o LinkedIn. A diferença estará no uso de algoritmos avançados para conectar de forma mais precisa empresas e candidatos, a partir de competências práticas e formações específicas.

Enquanto o LinkedIn se consolidou como rede de networking global, a aposta da OpenAI será um serviço de matching inteligente, capaz de identificar a compatibilidade entre as demandas das empresas e as habilidades dos profissionais. O sistema deve ir além de descrições de vagas e currículos tradicionais, utilizando análise detalhada de experiências e certificações.

Um dos pilares da iniciativa será a integração com a OpenAI Academy, lançada em 2023 e que já oferece cursos e certificações em inteligência artificial. Segundo a companhia, a expectativa é formar 10 milhões de profissionais até 2030. Certificados obtidos pela academia terão destaque automático na nova plataforma, criando um ecossistema que une qualificação e empregabilidade.

O projeto terá como foco inicial pequenas empresas e governos locais que necessitam de especialistas em tecnologia e IA. A escolha estratégica é começar por nichos antes de disputar espaço diretamente com grandes corporações, onde o LinkedIn ainda mantém forte predominância. Mesmo assim, a OpenAI já chega ao mercado com o respaldo de grandes empregadores. Empresas como Walmart e John Deere firmaram parcerias para validar o funcionamento da plataforma.

Oportunidades e desafios

A novidade abre caminhos também para setores além da tecnologia. Escritórios de contabilidade, por exemplo, poderão utilizar a plataforma para buscar profissionais com experiência em tributação digital, análise de dados fiscais ou softwares avançados de gestão.

Por outro lado, especialistas alertam que a movimentação pode reabrir o debate sobre o futuro do trabalho. A automação impulsionada pela IA tende a reduzir funções operacionais, embora a OpenAI defenda que sua plataforma será um instrumento para adaptação e requalificação, oferecendo formação contínua para manter os trabalhadores competitivos.

Ainda sem todos os detalhes revelados, a promessa da empresa é de criar um ambiente que não seja apenas um “novo LinkedIn”, mas um espaço no qual formação, certificação e empregabilidade caminhem juntos.

Texto: Redação TI Rio

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