O conceito de Software Defined Network (SDN ou de redes definidas por software) ganha cada vez mais visibilidade e acaba de ser objeto de um estudo do Gartner, “Ending The Confusion Around Software Defined Networking: a Taxonomy”, que entre outros pontos defende que a abordagem pode ser aplicada a redes de campus e WAN empresariais, embora o mercado venha dabdo uma grande atenção à implantação de data centers e de redes de grandes operadoras serviços de telecomunicações.
No estudo, Joe Skorupa, analista do Gartner, define três modelos de implantação: redes baseada sem switches, redes de sobreposição ou redes híbridas.
O estudo procura estabelecer uma taxonomia sobre SDN, diz a consultoria. E responde uma série de dúvidas sobre a tecnologia. A começar pelo que venha a ser afinal Software Defined Networking (SDN), definica como ”uma nova abordagem para a concepção, construção e gestão de redes, capaz de trazer para as redes uma agilidade semelhante àquela oferecida às infraestruturas de servidor, pela abstração, virtualização e orquestração”, afirma Skorupa.
Em uma arquitetura SDN, os planos de controle e de dados estão dissociados. A inteligência da rede e sobre o seu estado são logicamente centralizados. A infraestrutura de rede subjacente é captada a partir de aplicações de rede e de funcionalidades. Além disso as facilidades de programação inerentes podem suportar a programação de controles externos e a automação.
Cuidados com abordagens disfarçadas
Portanto, o Gartner considera existirem hoje três modelos de implantação:
1 – Redes baseada nos switches
Nas implantações de raiz, especialmente quando o custo da infraestrutura física e as opções por plataformas com produtos de múltiplos fabricantes são importantes, será comum a adoção de um modelo baseado em switches. A maior limitação dessa abordagem atualmente é a impossibilidade de aproveitamento dos equipamentos de rede L2/3 existentes.
2 – Em sobreposição à rede existente
Nos casos de implantação ou quando a responsabilidade sobre o ambiente SDN é atribuído à equipe de virtualização de servidores, será recomendável uma abordagem de sobreposição à rede. “Com esta abordagem os pontos terminais SDN são dispositivos virtuais fazendo parte do ambiente do hypervisor”, explica Joe Skorupa.
As maiores limitações desta abordagem estão relacionadas ao fato de ela não abordar a sobrecarga de gestão da infraestrutura subjacente. Os problemas de eliminação de bugs podem ser complexos. E o modelo não suporta anfitriões físicos.
3 – Redes híbridas
A terceira abordagem combina as duas primeiras numa implantação híbrida. Isso permite uma migração sem interrupções com uma evolução em direção a uma concepção baseada em switches. “Gateways” ligarão dispositivos que não suportam nativamente “túneis” de sobreposição, como os servidores.
Como decidir se a SDN serve para a organização
Joe Skorupa faz ainda uma série de sugestões sobre a forma como as empresas poderão avaliar a utilidade da SDN para as suas organizações A saber:
1 – Comecem explorando os potenciais benefícios e riscos da SDN para a sua organização, mas cuidado com abordagens que simplesmente renomeiam arquiteturas antigas com “buzzwords”;
2 – Estejam cientes de que a SDN tem potenciais impactos na segurança, importantes. A estratégia de segurança deve evoluir com a estratégia SDN , prevendo incorporar novas necessidades e oportunidades trazidas pela nova abordagem;
3 – No caso de haver um enfoque na rede do data centers em primeiro lugar, será necessário envolver as equipes de gestão de servidores, de virtualização, de segurança e de armazenamento na discussão para garantir a adoção de uma abordagem única;
4 – A adoção de SDN requer uma nova forma de pensar capaz de ameaçar os engenheiros de rede existentes. Identifique os membros de sua equipe com as habilitações e visão para liderar o processo de avaliação.
Site: CIO
Data: 25/03/2013
Hora: 16h31
Seção: Tecnologia
Autor: ——
Link: http://cio.uol.com.br/tecnologia/2013/03/25/sdn-nao-e-so-para-data-centers-e-grandes-redes-afirma-gartner/