SBC Summit 2025: operadores exploram gamificação para conquistar geração Z

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Durante o SBC Summit 2025, profissionais da indústria se juntaram para discutir como apostar já não se trata apenas de ganhar ou perder, mas de viver uma experiência e interagir, em especial para a geração Z. Os desafios entre jogadores (peer-to-peer), a gamificação e as funções impulsionadas pela comunidade estão transformando a forma como as pessoas se envolvem com as plataformas de jogo online.

“O bingo, por exemplo, surgiu originalmente em um ambiente social. Essa sensação de um grupo de pessoas reunidas em um espaço físico para jogar com e contra outros, e não apenas contra a casa, está intrinsecamente ligada às apostas”, explicou Marion Ryan, diretora-gerente da Tombola, durante o painel The social side: peer to peer, gamification and community. Também participaram do debate Herbert Gaban, CMO da Aposta GanhaFernando Ortega, CEO da Lottofy; e Josh Turk, Chief Strategy Officer da Low6.

Sejam experiências com foco no aspecto social, sorteios de baixo risco que atraem jogadores ocasionais ou espaços digitais que recriam a emoção de um evento ao vivo, os operadores estão encontrando novas maneiras de manter o público engajado, como apontado pelo SBC Noticias.

Ryan destacou que, com o rápido crescimento do jogo online, a importância de proporcionar a sensação de estar jogando junto com outras pessoas acabou se perdendo.

“O apostador quer sentir que não está sozinho, que há outras pessoas jogando com ele. Quer saber que há mais coisas acontecendo além de si mesmo. Não é como apertar o botão de giro repetidamente. Criar esse senso de comunidade tem sido uma das principais razões pelas quais nossa participação de mercado dobrou”, afirmou.

Na mesma linha, Turk ressaltou que o bingo sempre foi sinônimo de comunidade e sociabilidade: “Para reproduzir essas mesmas características no ambiente online, o jogo passou a incluir chats com emojis, por exemplo”, disse.

Para Gaban, “as pessoas são seres sociais. Querem estar juntas e jogar”. O CMO da Aposta Ganha reforçou que, independentemente de se tratar de bingo ou loteria, o desejo de interação real continua o mesmo, algo que a indústria deixou de valorizar nos últimos anos.

Já Ortega opinou que a loteria precisa se atualizar, pois é “entediante” para as novas gerações. “É preciso esperar vários dias pelo resultado, e o jogo não tem o mesmo ritmo dos cassinos, das apostas esportivas ou mesmo das redes sociais”, pontuou.

Criando comunidades com a geração Z em apostas online

Mais adiante, o painel abordou as tendências que estão moldando o futuro do jogo online.

“O mais importante é se tornar mais social — e não falo apenas dentro das plataformas. Não se trata de usar um canal no Telegram para enviar bônus ou promoções, mas de realmente conectar-se com o público para que joguem simultaneamente”, afirmou Gaban.

Turk observou que, atualmente, a indústria espera que os usuários entrem nas plataformas, joguem sozinhos em uma mesa de blackjack e ainda sintam a mesma emoção de um cassino físico e que “é hora de mudar isso”.

Ortega destacou que, graças às capacidades da inteligência artificial, sua empresa está desenvolvendo novas funções em sua plataforma: “Estamos trabalhando para integrar camadas de gamificação e criar formas de interação entre os usuários. Na loteria, por exemplo, há poços de apostas em que amigos e familiares podem competir entre si”.

Por fim, Ryan avaliou que será um desafio empolgante gamificar algo que já é, essencialmente, um jogo.

“A questão é como faremos isso — e de que maneira desenvolver de forma eficaz. É uma oportunidade enorme. A Scopely conseguiu monetizar sua comunidade com o jogo Monopoly Go! e o Duolingo gamificou o aprendizado. Agora, precisamos aprender a fazer o mesmo com as apostas. As empresas que conseguirem conquistar esse espaço vão ganhar a geração Z”, concluiu.

Fonte: SBCnoticias

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