Iniciativas conectam universidades, setor produtivo e governos para transformar o Rio em referência tecnológica na América Latina
O Rio de Janeiro deu dois passos importantes rumo ao fortalecimento de sua posição como capital da inovação na América Latina. Em uma mesma semana, a cidade lançou oficialmente a Aliança pela Inovação, com participação de 20 instituições acadêmicas, empresariais e governamentais, e sediou a reunião do grupo de trabalho de Ciência, Tecnologia e Inovação dos países do BRICS, que avançou na construção de um plano de cooperação internacional até 2030.
As duas ações têm como objetivo principal criar conexões estratégicas entre pesquisa científica, empreendedorismo e políticas públicas, tornando o Rio um polo de geração de soluções inteligentes para os desafios urbanos e também um ator relevante na diplomacia tecnológica global.
Aliança pela Inovação: união para transformar conhecimento em soluções
Lançada no dia 12 de junho, a Aliança pela Inovação do Rio de Janeiro é uma iniciativa articulada pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, pela agência Invest.Rio e por instituições de ensino e pesquisa como UFRJ, PUC-Rio, Fiocruz, além de entidades empresariais e fundos de investimento. A proposta é ambiciosa: criar uma ponte permanente entre a produção acadêmica e o setor produtivo, ampliando o impacto social e econômico da ciência.
“Temos uma cidade cheia de talentos, com universidades de excelência, um setor criativo forte e um ecossistema empreendedor em crescimento. A Aliança vem para integrar esses esforços e transformar o Rio em um verdadeiro laboratório de inovação urbana”, afirmou a secretária municipal Tatiana Roque. Para ela, o projeto representa um marco no desenvolvimento do setor tecnológico e pode consolidar a capital fluminense como uma referência internacional em inovação.
O TI Rio, entidade que representa as empresas de tecnologia da informação no estado, marcou presença no lançamento com seus diretores Sylvia Meireles e Álvaro Pistono. A iniciativa conta ainda com a participação de startups, centros tecnológicos e investidores, unindo esforços para fomentar negócios de base tecnológica, gerar empregos qualificados e encontrar respostas práticas para questões como mobilidade, sustentabilidade e inclusão digital.
BRICS: cooperação internacional em tecnologia e inovação
Também na capital fluminense, nos dias 10 e 11 de junho, o Rio sediou a reunião do Grupo de Trabalho em Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo dos BRICS — bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e novos países membros. Coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Finep, o encontro avançou na elaboração do Plano de Ação para Cooperação em Inovação 2025–2030, com foco em pesquisa aplicada e integração de ecossistemas de inovação.
Entre os principais resultados, estão o compromisso de lançamento de um edital conjunto para projetos de pesquisa e desenvolvimento entre os países-membros e a criação de comitês voltados à integração de parques tecnológicos, incubadoras e hubs de inovação. A ideia é facilitar o intercâmbio de tecnologias e ampliar a transferência de conhecimento entre os BRICS, fortalecendo o bloco como potência global em ciência e inovação.
A realização do encontro no Rio reforça o papel da cidade como palco de importantes debates internacionais e fortalece sua posição como um polo de diplomacia tecnológica. A expectativa é que os resultados da reunião tragam investimentos, acordos e novas parcerias para projetos estratégicos que possam beneficiar diretamente o desenvolvimento urbano e tecnológico do Rio e de outras regiões do Brasil.
Capital da Inovação
Com essas duas iniciativas, o Rio de Janeiro se coloca no cenário nacional e internacional como um território fértil para ideias, soluções tecnológicas e cooperação. Seja integrando talentos locais por meio da Aliança pela Inovação, seja abrindo espaço para alianças globais com países do BRICS, a cidade avança com um plano de transformar inovação em política pública, desenvolvimento e impacto social.
Texto: Redação TI Rio