O Rio de Janeiro vem se afirmando, de forma consistente, como um dos principais polos de startups e inovação do país. Rankings internacionais, levantamentos nacionais e estudos setoriais apontam um ecossistema cada vez mais diversificado, maduro e integrado, com presença relevante em áreas estratégicas da economia digital.
De acordo com o StartupBlink Global Startup Ecosystem Index, o Rio figura entre os principais ecossistemas de startups da América Latina e ocupa posição de destaque no cenário nacional, ao lado de São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis. O levantamento considera critérios como número de startups ativas, qualidade do ambiente de inovação, acesso a capital, densidade de talentos e integração com mercados globais.
O StartupBlink é uma plataforma global de mapeamento de startups e ecossistemas de inovação, sediada em Israel, que mantém uma base de dados com mais de 100 mil startups, aceleradoras, hubs, espaços de coworking e programas de inovação, distribuídos em mais de 1.000 cidades e 100 países. O índice é atualizado anualmente e é utilizado como referência internacional para análise comparativa de ambientes de inovação.
Segundo a plataforma, o ecossistema carioca reúne centenas de startups ativas, com forte concentração nos segmentos de fintech, healthtech, edtech, govtech, software e soluções B2B, refletindo a diversidade econômica e institucional da cidade.
No cenário nacional, dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) reforçam essa tendência. O Rio de Janeiro aparece de forma recorrente entre os estados com maior número de startups mapeadas no Brasil, beneficiando-se da presença de universidades de excelência, centros de pesquisa, grandes empresas âncoras e um mercado consumidor relevante.
Outros dados
Estudos aprofundam esse diagnóstico. O Mapeamento do Mercado de TI do Estado do Rio de Janeiro, realizado pelo TI Rio, em parceria com a Softex e a Riosoft, mostra que o setor de tecnologia fluminense apresenta crescimento sustentado, com predominância de micro, pequenas e médias empresas inovadoras, além de um processo gradual de interiorização do ecossistema, conectando a capital a polos emergentes em municípios do interior.
Além disso, a Pesquisa RH TI Rio 2025, realizada anualmente pela entidade, indica amadurecimento organizacional das empresas de tecnologia no estado, com investimentos crescentes em capacitação, adoção de inteligência artificial, modelos híbridos de trabalho e desenvolvimento de lideranças – fatores considerados essenciais para a consolidação de ecossistemas inovadores de longo prazo.
Outro elemento central é a atuação do poder público e de instituições de fomento. Iniciativas como hubs de inovação, programas de aceleração, parcerias com universidades e políticas voltadas à transformação digital reforçam a articulação entre governo, academia e setor produtivo, alinhando o Rio às melhores práticas internacionais de desenvolvimento de ecossistemas de inovação.
Especialistas apontam que a consolidação do Rio como polo de startups não se dá apenas pelo volume de empresas, mas pela qualidade das conexões, pela diversidade de setores atendidos e pela capacidade de gerar soluções aplicadas a desafios reais da economia, da gestão pública e da sociedade.
Texto: Redação TI Rio