Responsável pela maior rede de dados do Estado brasileiro, não surpreende que a Justiça Eleitoral seja também alvo preferencial de ataques. O que chama a atenção, porém, é a magnitude das ameaças. Segundo a Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, a rede recebe 400 mil ataques por segundo nos dias de eleição.
“Temos a maior rede, que liga o TSE aos tribunais regionais e estes a 3 mil cartórios eleitorais. A preocupação com segurança é tanta que na véspera da eleição desconectamos a rede da internet. Ainda assim, no dia das votações essa rede é alvo de 400 mil ataques por segundo de hackers”, afirma o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.
A rede da Justiça Eleitoral funciona em dois níveis. Há um backbone nacional, administrado pela Embratel, que conecta o TSE aos 27 tribunais regionais. Um backbone secundário liga os 27 regionais aos 3 mil cartórios eleitorais. As licitações de ambas foram renovadas este ano, e esta parte ficou com a Oi – menos em São Paulo, onde a administração é da Telefônica.
No dia da eleição essa rede é utilizada para o envio dos dados das votações, que são transportados por pen drives das urnas até os cartórios eleitorais. Daí é feita a totalização dos votos pelos TREs – com exceção dos votos para presidente da República, cuja totalização é feita pelo TSE.
Além disso, são adotadas soluções via satélite para a conexão de lugares distantes, especialmente aldeias indígenas e pequenas cidades na região Amazônica. Por isso, em parte dos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso, a conexão é feita por satélite, através de antenas acopladas a laptops – daí ser comum que o transporte dos votos desses lugares ser ainda mais rápido que dos municípios em geral.
Site: Convergência Digital
Data: 27/07/2010
Hora: 18h33
Seção: Segurança
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23277&sid=18