
Um novo projeto da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), promete transformar a realidade de favelas do Rio de Janeiro por meio do empreendedorismo, da tecnologia e da inovação sustentável. O programa marca o início da segunda fase do Parque de Inovação Social, Tecnológica e Ambiental (PISTA), com ações previstas em comunidades como Rocinha, Complexo do Alemão, Maré, Cidade de Deus e Petrópolis.
Segundo a Seas, o objetivo do projeto é fomentar negócios de impacto social e desenvolver soluções sustentáveis adaptadas às particularidades de cada território. Para isso, serão implantados hubs de conhecimento, incubadoras, laboratórios colaborativos, escritórios de negócios comunitários e um observatório comunitário, além da realização de diagnósticos da economia de impacto local.
O programa integra o projeto maior “Aceleração dos ODS no Estado do Rio de Janeiro – Agenda Rio 2030”, uma estratégia que visa acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no estado. De acordo com o PNUD, essa colaboração contempla desde a criação de planos multissetoriais até o desenvolvimento de uma plataforma digital de monitoramento da Agenda 2030, além da capacitação de servidores públicos e técnicos locais.
O governador Cláudio Castro destacou, em nota, o caráter transformador do projeto: “O programa leva o conceito de inovação sustentável para dentro das favelas, gerando renda, fortalecendo negócios locais e promovendo soluções adaptadas às especificidades de cada território.”
Edital aberto até 27 de junho
A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) lançou neste mês o edital “PISTA: Conectando Territórios Inovadores”, que selecionará os projetos a serem financiados. As propostas podem ser submetidas até 27 de junho de 2025, por meio do sistema SisFaperj.
Com um total de R$ 21 milhões em recursos, o edital será dividido em duas faixas:
- Faixa A: voltada para pessoas físicas vinculadas a instituições com sede no Rio. Cada comunidade (Rocinha, Maré, Alemão e Cidade de Deus) receberá até R$ 4 milhões em projetos, enquanto Petrópolis terá até R$ 2 milhões destinados. O valor máximo por proposta será de R$ 300 mil.
- Faixa B: exclusiva para proponentes do edital anterior, vai destinar até R$ 1 milhão por projeto para três iniciativas estruturantes na Rocinha.
Os critérios de avaliação incluem grau de inovação, impacto social e ambiental, articulação com o território, parcerias locais e capacidade técnica da equipe. Os projetos devem ter duração de até 24 meses e apresentar cronograma, orçamento, vídeo explicativo e documentação da instituição proponente.
Outras iniciativas – Durante a primeira fase do PISTA, realizada em 2021, projetos como o Óleo no Ponto, que transforma óleo de cozinha usado em produtos de limpeza, e o Carteiro Amigo Expresso, que expandiu sua logística comunitária com apoio do programa, mostraram o potencial da inovação social em áreas vulneráveis.
Segundo o PNUD, a segunda etapa do programa aprofunda o compromisso com o desenvolvimento sustentável ao fortalecer capacidades locais e promover inclusão produtiva. Ao estimular a inovação a partir das próprias comunidades, o projeto contribui para reduzir desigualdades e abrir caminhos reais para transformação social.
A íntegra do edital está disponível no site da Faperj:
📎 Edital FAPERJ Nº 07/2025 – Programa PISTA
Texto: Redação TI Rio