
Dizer “por favor” e “obrigado” para o ChatGPT pode parecer só um gesto de educação, e é mesmo. Mas, como revelou Sam Altman, CEO da OpenAI, esses pequenos toques de gentileza também estão saindo caro para a empresa. Segundo ele, só esses termos educados já custaram “dezenas de milhões de dólares” em energia elétrica. Sim, você leu certo.
A história veio à tona depois que um usuário curioso no X (antigo Twitter) levantou a dúvida: “Quanto será que a OpenAI gasta com gente dizendo ‘por favor’ e ‘obrigado’ ao ChatGPT?” Altman respondeu com um leve tom filosófico: “Dezenas de milhões de dólares bem gastos, nunca se sabe.”
O que parece só um capricho de bons modos, na prática pesa (e muito) no bolso. Isso porque, para os modelos de linguagem como o ChatGPT, cada palavra digitada, até os termos mais singelos, é levada em conta. Tudo é processado, analisado e interpretado dentro de uma estrutura complexa baseada em probabilidades. Quanto mais caracteres, mais esforço computacional. E, claro, mais consumo de energia.
Estudos apontam que uma única consulta ao ChatGPT pode gastar algo em torno de 2,9 watt-hora de energia, cerca de 10 vezes mais do que uma simples pesquisa no Google. Agora imagine multiplicar isso por bilhões de interações diárias. O impacto não é só financeiro: é ambiental também. A quantidade de energia usada para manter essas conversas pode ser comparada a manter milhões de lâmpadas acesas o dia todo.
Ainda assim, a cortesia parece estar em alta. Uma pesquisa de dezembro de 2024 mostrou que 67% dos americanos falam com seus assistentes de IA de forma educada. Mais da metade faz isso por achar que é o certo. Já 12% admitem que é uma forma de garantir boa convivência caso as máquinas resolvam se rebelar algum dia.
Mesmo com o custo elevado, Altman acredita que vale a pena. Para ele, essas interações mais humanas ajudam a deixar o uso da tecnologia mais agradável e próximo da forma como nos comunicamos entre pessoas.
Texto: Redação TIRio