O fim de julho marcou um momento de renovado otimismo para o ecossistema global de startups e tecnologia. Depois de dois anos de cautela no mercado de capitais, ofertas públicas iniciais (IPOs) e rodadas de venture capital voltaram a ganhar tração, impulsionadas por empresas de alto perfil e setores em ascensão.
Um dos destaques foi a estreia da Figma na Bolsa de Valores de Nova York. A fabricante de software de design colaborativo alcançou um valuation robusto, reacendendo o interesse por IPOs no setor de tecnologia. A operação foi vista por analistas como um termômetro para medir o apetite dos investidores por empresas inovadoras, especialmente após um período de retração entre 2022 e 2023.
Paralelamente, o mercado de venture capital também apresentou sinais de recuperação no segundo trimestre, segundo dados divulgados pela Reuters. O movimento foi puxado por aportes relevantes em áreas estratégicas como fintechs e inteligência artificial. Entre os casos mais notáveis está a mexicana Klar, que levantou uma rodada expressiva para expandir seus serviços financeiros digitais, e a americana Humane, fundada por ex-executivos da Apple, que recebeu novos investimentos para seu dispositivo vestível de IA, voltado à interação natural com o usuário.
Especialistas ouvidos pela agência apontam que a retomada do fluxo de capital indica uma maior confiança nas empresas que operam em nichos de alto potencial, como IA generativa e plataformas B2B. O cenário contrasta com a postura mais conservadora adotada nos últimos dois anos, marcada por valuations comprimidos e maior seletividade na escolha dos investimentos.
Se o ritmo se mantiver, avaliam analistas, o segundo semestre de 2025 pode consolidar uma nova fase de expansão para startups de base tecnológica, abrindo espaço para novos IPOs e estimulando a competição global por soluções inovadoras.
Texto: Redação TI Rio