
O número de indústrias de softwares no Estado do Rio saltou 32% entre 2021 e 2025. A atividade já representa 53% do setor TI no estado, que contabiliza 32,5 mil empresas, responsáveis pela abertura de 4.461 novas vagas de emprego no ano passado. Os investimentos na área de softwares e serviços de tecnologia da informação e comunicação tiveram um incremento de cerca de 10%, alcançando R$ 65 milhões. Apesar desses indicadores, a participação do Rio nesse mercado ainda pode ser considerada modesta, já que o Sudeste concentra 70% dos investimentos em TI no país e o estado representa apenas 14% da fatia regional, em segundo lugar, atrás de São Paulo, que está sozinha na liderança com quase 75% dos recursos dos empreendimentos do setor.
Esses dados foram apurados pelo Estudo de TICs do Rio de Janeiro, elaborado pelo Observatório Softex , em parceria com o TI Rio, entidade representativa das empresas de tecnologia da informação do estado do Rio de Janeiro. O levantamento inédito fez um diagnóstico sobre os desafios e as oportunidades do setor no estado para auxiliar o planejamento estratégico das empresas e a formulação de políticas públicas que busquem fortalecer o mercado de TI em todo o estado, explica Alberto Blois, presidente do TI Rio:
– O Rio de Janeiro tem vocação para empresas de TIC. Não é à toa que sediamos diversos polos tecnológicos, como Petrópolis, Maricá, Angra dos Reis, Região Serrana, entre outros. E o TI Rio aposta na força do interior. Tanto que abrimos regionais em diversas localidades do estado, com a finalidade de aproximar e gerar negócios entre empresas do interior e da capital e fortalecer ainda mais o setor no nosso estado – ressalta.
Na avaliação de Diones Lima, vice-presidente da Softex, , o Rio de Janeiro reúne condições objetivas para consolidar uma política estadual de TIC orientada à inovação, à equidade territorial e ao impacto social, por meio de uma governança integrada entre governo, setor produtivo, academia e sociedade civil.
Confira as principais medidas para o setor deslanchar, segundo o estudo:
- Desenvolver e adotar novas tecnologias digitais;
- Fortalecer a infraestrutura digital e sistêmica; ampliar a diversidade e a inclusão qualificada;
- Criar políticas de estímulo à micro e pequenas empresas (MPEs), grandes geradoras de emprego;
- Ampliar e descentralizar a oferta de cursos voltados para a indústria de software e serviços de tecnologia de informação e comunicação (ISSTIC) .
A pesquisa completa será divulgada na próxima terça-feira, dia 21, no auditório do Rio Datacentro da PUC-Rio.
Fonte: O Globo/Mírian Leitão