IA não substitui, potencializa

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Superando o Medo da Substituição: Inteligência Artificial como Ferramenta, Não Ameaça

O avanço da inteligência artificial (IA) tem gerado medo e preocupação. Que o trabalho humano seja substituído pela IA em diversas áreas. Por outro lado, entusiasmo pelo ganho de produtividade, agilidade e eficiência.

Ao ensinar as pessoas a utilizarem a IA para potencializar seu trabalho, damos a elas autonomia, poder de decisão e capacidade de adaptação.

Assim, a IA deixa de ser uma ameaça e passa a ser o que ela realmente é: uma ferramenta a serviço do ser humano.

A verdadeira revolução não está em trocar pessoas por máquinas, mas sim em ensinar pessoas a usarem a IA como ferramenta de fortalecimento de suas capacidades.

O Medo

Muitos trabalhadores temem que a IA torne suas funções obsoletas. No entanto, focar apenas nesse risco impede a sociedade de enxergar a grande oportunidade que a IA representa.

Objetivo da IA: ser a Extensão da Capacidade Humana

Ao invés de ser vista como uma ameaça, a IA deve ser compreendida como uma extensão das habilidades humanas. Ela é capaz de lidar com grandes volumes de dados, automatizar tarefas operacionais e fornecer insights valiosos. Isso libera tempo e energia das pessoas para se concentrarem em atividades mais criativas, estratégicas e humanas.

Um exemplo clássico no recrutamento e seleção: sou do tempo em que entregávamos currículos impressos em agências verdadeiras pilhas de papel! Muitos candidatos qualificados acabavam sendo desperdiçados, simplesmente porque o profissional de RH ou do administrativo não tinha tempo (ou paciência) para analisar um por um. Quem aí se lembra dessa época?

Agora vamos ao cenário atual: o mundo evoluiu e os processos também. Hoje, as candidaturas são feitas por meios digitais. Ao divulgar uma oportunidade, muitas vezes recebemos mais de 1.000 inscrições em pouco tempo.

Com o apoio da inteligência artificial, é possível identificar e priorizar os perfis mais aderentes às vagas, tornando o processo seletivo mais ágil e eficiente, além de contribuir para o cumprimento dos SLAs com maior precisão.

Além disso, a inteligência artificial permite o monitoramento de todo o ciclo do recrutamento, oferecendo dados precisos como o número total de candidaturas, perfis triados, candidatos que avançaram em cada etapa, além dos aprovados, reprovados e contratados.

Esses dados são fundamentais para as empresas, que cada vez mais tomam decisões baseadas em informações concretas, otimizando estratégias de atração, seleção e retenção de talentos.

IA não substitui, potencializa.

Quero reforçar que, mesmo utilizando um ATS (sistema que automatiza e otimiza os processos de recrutamento e seleção), não abro mão de manter o foco em um recrutamento humanizado onde a escuta ativa, a empatia e o olhar individual sobre cada candidato continuam sendo prioridade.

Nada da IA substituir o recrutador!

Outro exemplo: um profissional de marketing que usa IA para analisar comportamento de consumidores e gerar campanhas mais eficazes; ou um médico que, com auxílio de algoritmos, consegue diagnósticos mais rápidos e precisos.

Como Superar o Medo da Substituição?

Para que as pessoas enxerguem a IA como uma aliada, é necessário promover uma mudança de mentalidade acompanhada de capacitação prática.

Algumas estratégias para promover essa mudança:

  • Mostrar casos reais de profissionais que passaram a usar IA e aumentaram seu valor no mercado.
  • Capacitar professores para aplicar a IA como aliada no processo de ensino-aprendizagem.
  • Requalificação Profissional: oferecer programas de “reskilling” e “upskilling” com foco no uso da IA nas profissões atuais.
  • Desenvolver oficinas, treinamentos e cursos acessíveis para profissionais em todos os níveis de escolaridade.
  • Incluir práticas reais de uso da IA em diferentes setores (educação, saúde, finanças, logística etc.).
  • Empresas e governos devem comunicar de forma clara os benefícios da IA e os planos de transição de funções.
  • Reduzir o sensacionalismo em torno da substituição total por máquinas.
  • Promover o uso responsável, transparente e justo da inteligência artificial.
  • Criar mecanismos de participação social nas decisões sobre automação e uso de dados.

(*) Reskilling: é o processo de requalificação profissional, ou seja, aprender novas habilidades para mudar de função ou área de atuação, geralmente em resposta a mudanças no mercado de trabalho, como a automação, a digitalização ou transformações tecnológicas (como o avanço da inteligência artificial).

(*) Upskilling é o processo de aprimorar ou atualizar habilidades que você já possui, com o objetivo de se tornar mais eficiente, produtivo ou preparado para novos desafios dentro da mesma área de atuação.

Na verdade, o aprendizado de qualquer profissional deve ser contínuo para acompanhar as constantes transformações do mercado e da tecnologia.

O Futuro é Colaborativo

A IA é um reflexo das intenções humanas. Quando desenvolvida com ética e usada com sabedoria, ela pode ser uma força imensa para o progresso.

O desafio, portanto, não é “vencer” a IA, mas evoluir com ela.

O profissional do futuro será aquele que souber como tirar o melhor proveito dessa tecnologia e quanto mais cedo nos prepararmos para isso, mais segura e próspera será a transição.

E você, o que está fazendo para conscientizar as pessoas e empresas de que a IA deve ser uma aliada, e não uma substituta do trabalho humano?

Elenice Alves
Gerente Executiva de Negócios | Servicenow | Automação | AI | Generative AI | Gerente de RH | Especialista Recrutamento de TI | Tech Recruiter | Chief Happiness Officer (CHO) | Palestrante🎤
Instagram: @elenicealvesc

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