Gigantes da tecnologia e do setor financeiro são os principais alvos de phishing em 2025

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Imagine receber um e-mail aparentemente legítimo do seu serviço de armazenamento em nuvem, solicitando que você faça login para verificar uma possível atividade suspeita. A página de acesso parece idêntica à que você acessa regularmente, com o logotipo, as cores e o layout familiares. Sem perceber nada de anormal, você insere seu e-mail e senha. Nesse instante, suas informações foram capturadas por cibercriminosos. Esse é o modus operandi dos ataques de phishing, que seguem evoluindo e fazendo vítimas em todo o mundo.

Ou seja, phishing é um tipo de fraude digital onde criminosos criam páginas falsas, imitando sites de empresas conhecidas para roubar dados pessoais, financeiros e credenciais de acesso. Os golpes costumam se disfarçar de comunicações legítimas (e-mails, mensagens de texto ou até mesmo notificações de redes sociais) para enganar o usuário. Os alvos mais comuns são empresas de tecnologia, bancos e plataformas de pagamento.

Relatório 2025 – De acordo com o relatório da Check Point Research (CPR), no primeiro trimestre de 2025, gigantes da tecnologia e do setor financeiro voltaram a ser foco das campanhas de phishing em larga escala. As marcas mais imitadas por cibercriminosos para roubo de informações pessoais e financeiras foram Microsoft, Google, Apple e Mastercard.

A Microsoft lidera o ranking, representando impressionantes 36% de todas as tentativas de phishing registradas no período. Os criminosos continuam explorando a popularidade de serviços como o OneDrive, criando páginas de login falsas para capturar credenciais dos usuários. Um exemplo notório foi o domínio fraudulento login[.]onedrive-micrasoft[.]com, que imitava com precisão a identidade visual da plataforma, enganando vítimas e roubando informações sensíveis.

Google e Apple: Mira constante dos ataques – Ainda segundo o relatório, a Google ocupa a segunda posição entre as marcas mais visadas, somando 12% das tentativas de phishing. A amplitude dos serviços oferecidos pela gigante da tecnologia como Gmail, Google Drive e Google Workspace, torna a empresa um alvo atrativo para cibercriminosos, que buscam capturar logins, senhas e até dados financeiros.

Em terceiro lugar, aparece a Apple, com 8% dos ataques direcionados aos seus serviços, especialmente iCloud e Apple ID. Golpistas replicam páginas de login quase idênticas às oficiais, explorando a confiança dos usuários para roubar credenciais e acessar informações pessoais.

Retorno ao TOP 10 – Um dos pontos de destaque do relatório foi o retorno da Mastercard ao Top 10 das marcas mais imitadas, algo que não acontecia desde o terceiro trimestre de 2023. Em fevereiro deste ano, cibercriminosos lançaram uma campanha massiva de phishing que teve como foco principal os usuários japoneses. Sites fraudulentos foram criados para replicar o portal oficial da Mastercard, com o objetivo de roubar números de cartão de crédito e códigos de segurança (CVV).

Embora os domínios já tenham sido desativados, o ataque evidenciou a vulnerabilidade de instituições financeiras diante desses esquemas. Segundo Omer Dembinsky, gerente de pesquisa de dados da Check Point Software, “o retorno da Mastercard ao ranking principal destaca a motivação de se imitar serviços financeiros como uma oportunidade de fraude. Os consumidores devem permanecer vigilantes ao interagir com serviços online, especialmente aqueles que envolvem dados financeiros sensíveis.”

O Alvo Preferido – O levantamento da Check Point Research também revelou que o setor de tecnologia é o mais visado pelos cibercriminosos. A dependência crescente de serviços em nuvem e plataformas digitais facilita a atuação de golpistas, que replicam interfaces de gigantes como Microsoft, Google e Apple para capturar informações pessoais e financeiras.

Além disso, redes sociais e o varejo também apareceram entre os alvos preferenciais. Facebook, LinkedIn, WhatsApp e grandes plataformas de e-commerce como a Amazon foram frequentemente usadas como iscas em campanhas de phishing.

Top 10 marcas mais visadas no 1º trimestre de 2025:

  1. Microsoft – 36%
  2. Google – 12%
  3. Apple – 8%
  4. Amazon – 4%
  5. Mastercard – 3%
  6. Alibaba – 2%
  7. WhatsApp – 2%
  8. Facebook – 2%
  9. LinkedIn – 2%
  10. Adobe – 1%

A sofisticação das fraudes digitais mostra que os criminosos estão aprimorando suas estratégias. Páginas falsas cada vez mais convincentes espelham o design das plataformas legítimas, permitindo que dados sigilosos sejam capturados sem levantar suspeitas.

Para evitar cair nesses golpes, especialistas recomendam:

  • Verificar URLs antes de clicar, principalmente em e-mails suspeitos;
  • Ativar a autenticação de dois fatores em todas as contas possíveis;
  • Manter softwares e sistemas operacionais atualizados para evitar brechas;
  • Desconfiar de solicitações urgentes de informações pessoais.

O cenário de 2025 evidencia que cibercriminosos estão cada vez mais ágeis em identificar oportunidades e replicar ambientes digitais para enganar usuários. Com o aumento da digitalização dos serviços financeiros e da comunicação em nuvem, estar atento aos riscos se tornou uma necessidade essencial.

Texto: Redação TI Rio

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