Estudo aponta que brasileiros desconfiam que Lei de Proteção de Dados não vai ‘pegar’

Os brasileiros não estão muito confiantes nos benefícios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), aprovada em agosto, e acredita que as novas regras farão muito pouco para cumprir o objetivo principal – que é proteger os dados pessoais de usuários da internet. Ao menos é isso o que mostra o Unisys Security Index 2018, um estudo sobre as preocupações de usuários de todo o mundo em relação à segurança cibernética. O levantamento ouviu mais de 13 mil consumidores entre 19 de agosto e 3 de setembro em mais de 13 países. No Brasil, cerca de mil usuários foram entrevistados. De acordo com o levantamento estatístico, 58% dos brasileiros entrevistados afirmam não confiar na LGPD.

A legislação obriga tanto organizações públicas quanto privadas a seguirem padrões de segurança da informação para impedir que dados sensíveis de seus usuários caiam nas mãos de terceiros não-autorizados. De acordo com a pesquisa feita pela Unisys, a maioria dos brasileiros teme que a lei não venha a beneficiá-los: cerca de 75% dos entrevistados afirmaram que, mesmo com a lei em vigor, sentiam preocupação com a segurança pessoal, ataques de cibercriminosos e malwares.

O levantamento ainda revelou que os brasileiros estão com a cabeça quente quando o assunto é preocupação com a segurança digital. Na escala utilizada para quantificar o receio, que vai de 0 a 300, o Brasil marcou 185 pontos, média superior a de outros sete países ouvidos pelo estudo. Entretanto, a pontuação é quatro pontos menor que a registrada pelo levantamento no ano de 2017, revelando uma discreta melhora do quadro de insegurança. No mesmo período, como comparativo, os índices para a Colômbia e Argentina aumentaram 47 e 23 pontos, respectivamente. A média global é de 173 pontos, idêntica à média de todos os países pesquisados em 2017.

O estudo da Unisys também mostra que, no Brasil, cresce a preocupação com temas como roubo de identidade, golpes e informações financeiras; enquanto os receios com segurança nacional, terrorismo e guerras diminuíram.

Veja, abaixo, outros resultados do estudo para o cenário brasileiro:

  • 53% dos entrevistados apoiam o uso de tecnologia para conferir rapidez e eficiência na Segurança Pública;
  • 73% apoiam a adoção de um documento único de identificação com um ou mais sinais biométricos;
  • 97% se dizem preocupados com o uso indevido de redes sociais para cibercrime;
  • A maioria dos entrevistados é favorável ao uso de dispositivos de Internet das Coisas para alertas de emergência (91%), rastreamento de bagagens (88%), monitoramento da saúde (83%) e pagamentos com cartões de crédito (60%); e
  • Os maiores focos de preocupação dos entrevistados foram a segurança das transações financeiras online (64%), segurança nacional (51%), e capacidade de cumprir encargos financeiros (50%).

* Com informações do Convergência Digital

Data: 31/10/18
Hora: ——
Seção: Segurança
Autor: Roberta Prescott
Foto: ——
Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=49359&sid=18

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