Estudante suspenso por criar ferramenta de trapaça com IA levanta us$ 5,3 milhões para startup polêmica

1

Chungin “Roy” Lee, ex-aluno da Universidade de Columbia, ganhou notoriedade ao desenvolver o Interview Coder, uma ferramenta de inteligência artificial projetada para auxiliar candidatos a emprego a trapacear em entrevistas técnicas. A iniciativa resultou em sua suspensão da universidade, mas também impulsionou sua carreira empreendedora.

Após o incidente, Lee cofundou a startup Cluely, sediada em São Francisco, que oferece uma aplicação de IA capaz de fornecer assistência em tempo real durante entrevistas, exames e chamadas de vendas. A ferramenta opera por meio de uma janela oculta no navegador, invisível para os demais participantes da interação.

A Cluely rapidamente atraiu atenção e investimentos, arrecadando US$ 5,3 milhões em financiamento inicial de empresas como Abstract Ventures e Susa Ventures. A startup afirma que sua tecnologia já gerou mais de US$ 3 milhões em receita anual recorrente e conta com cerca de 70 mil usuários pagantes.​

A proposta da Cluely gerou debates éticos e preocupações com privacidade. Críticos comparam a ferramenta a cenários distópicos, enquanto os fundadores defendem que, assim como calculadoras e corretores ortográficos foram inicialmente vistos como formas de trapaça, a Cluely representa uma evolução inevitável no uso da tecnologia para aumentar a eficiência humana.​

Apesar das controvérsias, a Cluely continua a desenvolver sua tecnologia, incluindo planos para integração com óculos inteligentes e chips cerebrais, sinalizando uma nova era de assistentes de IA invisíveis e sempre presentes.

Texto: Redação TIRio

Pesquise no TI RIO