
Estudo da Bain & Company revela salto no uso de inteligência artificial no país e aponta ganho médio de 14% em produtividade nas empresas que já adotaram a tecnologia
A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma promessa para o futuro e se tornou um imperativo do presente no ambiente corporativo brasileiro. De acordo com um levantamento recente da consultoria Bain & Company, 67% das empresas do país passaram a considerar a IA como uma de suas cinco prioridades estratégicas em 2025, um salto notável diante do cenário de apenas um ano atrás.
Segundo a pesquisa, a adoção efetiva da tecnologia mais que dobrou no intervalo de doze meses, passando de 12% em 2024 para 25% das empresas que já utilizam IA ativamente. O avanço reflete não apenas uma mudança de mentalidade, mas uma resposta prática às transformações do mercado impulsionadas pela revolução digital.
Entre as companhias que implementaram soluções de IA generativa, aquelas capazes de criar textos, códigos, imagens e outros conteúdos de forma autônoma, os ganhos médios de produtividade chegaram a 14%, segundo os dados da Bain. Além disso, essas empresas também demonstraram crescimento financeiro acima da média de seus respectivos setores.
O estudo reforça o que especialistas já vinham alertando: a IA não é mais apenas uma vantagem competitiva, mas uma condição para a sobrevivência e o crescimento em um mercado cada vez mais orientado por dados, automação e personalização.
“As empresas que conseguem adotar IA de forma estratégica não só otimizam processos, como conseguem inovar mais rapidamente, oferecer experiências personalizadas aos clientes e reduzir custos operacionais de maneira significativa”, afirma trecho do relatório divulgado.
A pesquisa aponta ainda que o movimento é transversal, atingindo desde grandes corporações até pequenos e médios negócios, embora em graus e maturidades distintas. A democratização de ferramentas de IA, muitas delas baseadas em plataformas acessíveis e integradas, tem permitido que empresas de diferentes portes explorem o potencial da tecnologia.
Contudo, o avanço acelerado também traz desafios. Falta de mão de obra qualificada, riscos de segurança cibernética e o uso ético da IA seguem como preocupações centrais no debate sobre sua consolidação no país. Ainda assim, o cenário é otimista: com incentivos públicos, parcerias com universidades e a proliferação de hubs de inovação, o Brasil se posiciona cada vez mais como um ambiente fértil para o crescimento da inteligência artificial em escala.
Texto: Redação TI Rio