
Brasil conquista metade dos prêmios no concurso internacional realizado no Rio de Janeiro e consolida liderança feminina no empreendedorismo de inovação
O protagonismo feminino brasileiro no cenário internacional do empreendedorismo foi destaque no BRICS Women’s Startup Contest 2025, realizado em 5 de julho, no Rio de Janeiro, durante o BRICS Business Forum. Das 18 startups premiadas, nove são lideradas por mulheres brasileiras, uma conquista que reafirma o potencial de inovação social e tecnológica do país no bloco.
Promovido pelo Sebrae, em parceria com a Aliança Empresarial de Mulheres do BRICS (WBA), o concurso recebeu mais de mil inscrições de empreendedoras dos países-membros. A diversidade das iniciativas brasileiras chamou atenção do júri e do público, com soluções voltadas para inclusão, sustentabilidade, inovação no campo e acessibilidade.
Entre os projetos premiados, destaca-se o Black Money Movement, fundado por Nina Silva, que atua no fortalecimento da economia da população negra no Brasil. Com mais de 40 mil pessoas impactadas diretamente, o movimento já distribuiu mais de R$ 5 milhões em capital semente para negócios liderados por pessoas pretas. “É sobre ocupar espaços, criar oportunidades e transformar realidades com tecnologia e consciência racial”, afirmou Nina durante a premiação.
Outro case vencedor foi o da Dana Agro, da empreendedora Dana Katia Meschede, voltado para a agricultura sustentável. A startup desenvolveu um bioherbicida inédito, capaz de quebrar o ciclo de resistência de plantas invasoras, um dos grandes desafios da agricultura global em tempos de mudanças climáticas. A solução oferece uma alternativa ecológica aos herbicidas químicos, promovendo produtividade aliada à preservação ambiental.
Na área da inclusão, a brasileira Sandra Marchi, fundadora do See Color, também levou um dos prêmios. Seu projeto criou um método de identificação tátil de cores para pessoas cegas, com baixa visão ou daltônicas, possibilitando autonomia, acessibilidade e protagonismo. A inovação é totalmente nacional e já começa a atrair atenção de educadores e empresas internacionais preocupadas com acessibilidade.
As startups foram divididas em seis categorias temáticas:
- Saúde e Bem-Estar
- Agricultura e Segurança Alimentar
- Educação e Competências
- Energia, Infraestrutura e Mobilidade
- Comércio, Serviços e Transformação Digital
- Desenvolvimento Sustentável e Soluções Climáticas
Cada categoria premiou três projetos, totalizando 18 vencedoras. O destaque brasileiro em metade delas comprova não apenas a força do empreendedorismo feminino, mas também o impacto que soluções locais com olhar global podem causar.
As iniciativas vencedoras podem ser conferidas na íntegra no site da Agência Sebrae.
Texto: Redação TI Rio