Dataprev eleva orçamento, mas gasto programado é questionável

A Dataprev está comemorando no portal do Ministério da Previdência a aprovação de uma Lei sancionada pelo presidente Lula na semana passada, na qual a empresa conseguiu um “crédito especial” de R$ 103,2 milhões. O dinheiro, segundo informações da Assessoria de Imprensa da estatal, será destinado “para a compra dos 16 imóveis pertencentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que serão utilizados como sede própria de algumas unidades da empresa.”No comunicado, a Dataprev informa ainda, que já tramita no Congresso Nacional um outro pedido de crédito suplementar ao Orçamento da União no valor de R$ 60 milhões. Sendo aprovado, a empresa deverá elevar o orçamento inicial de investimentos de R$ 60 milhões, para o total de R$ 223 milhões, incluindo o crédito especial de R$ 103,2 recém liberado.No último dia 30 de julho, o portal Convergência Digital publicou informações sobre a execução orçamentária no período janeiro/junho de 2009. A Dataprev, ainda sem os créditos adicionais do Congresso, já contabilizava no Diário Oficial da União a possibilidade de ter um orçamento de investimentos da ordem de R$ 223 milhões.Porém, naquela data a empresa somente contava com R$ 60 milhões e, no tocante a investimentos, apenas R$ 14,9 milhões (24,9%) foram executados. Como no comunicado oficial a empresa já afirma que irá comprar prédios do INSS, tal investimento não parece em algo relevante que seja em pessoal ou no seu parque computacional, que ainda é fraco e dependente de multinacional.ImóveisInforma a Dataprev que em maio adquiriu o primeiro imóvel da lista, no centro de Teresina, para abrigar a Unidade Regional do Piauí (URPI). O imóvel será inaugurado nesta quinta-feira (06/08) pelo ministro da Previdência Social, José Pimentel. “Também estão em andamento os processos de aquisição do edifício-sede, em Brasília, o da unidade Álvaro Rodrigues, no Rio de Janeiro, o da unidade em Aracaju e, também, o de São Paulo, que abriga a Unidade Regional e o Centro de Processamento São Paulo, entre outros.Ausência de projetosMais uma vez a Dataprev demonstra que não é por falta de recursos que a empresa não consegue avançar para patamares aceitáveis de excelência. O que falta são projetos consistentes que possam levar a empresa a justificar sua existência. No ano passado a empresa chegou a criar um “grupo de trabalho” com a inusitada incumbência de encontrar fórmulas para gastar seu orçamento de R$ 60 milhões, na época também de R$ 60 milhões.A empresa continua patinando num processo de migração de sistemas – ainda na plataforma Unisys – responsáveis pela gestão dos cadastros previdenciários, que já obrigou ao presidente, Rodrigo Assumpção, a admitir que terá atrasar a conclusão desse projeto, previsto para o fim do ano. A primeira fábrica de software foi um desastre. A segunda, contratada em licitação, foi fruto de mais uma escolha duvidosa, a empresa que venceu a licitação de fábrica de software, a 4Bears terminou vendida para a CTIS Tecnologia e que já vem atrasando o projeto.Site: Convergência DigitalData: 04/08/2009Hora: ——Seção: GestãoAutor: Luiz QueirozLink: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=19798&sid=16

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