A Daruma, especializada em automação comercial, telecomunicações e Informática, teve o seu capital totalmente integralizado pelo grupo NSA Vale. Com o movimento, a fabricante volta a ser uma empresa 100% nacional, com a saída da italiana Urmet do capital da companhia, onde estava há 25 anos. O valor da transação não foi revelado pelas partes. Com a reorganização societária, a Daruma, agora, os negócios ligados à Internet das Coisas e à Telemetria.
“Em telecomunicações temos uma especialização nos serviços da telefonia pública, que não vive um bom momento. Mas a IoT chega para criar uma revolução. E estamos investindo muito em novos produtos nessa área, assim como em viabilizar serviços na nuvem”, revela em entrevista ao portal Convergência Digital, o diretor presidente da Daruma, Mário Campo Grande. A mudança do controle não altera o funcionamento da empresa, que contabiliza cerca de 1000 colaboradores.
A planta industrial, em Taubaté, São Paulo, está mantida e os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento vão crescer em 2016. E aqui, mais uma vez, a Internet das Coisas aparece em destaque. “Não há dúvida que a IoT exigirá um novo nível de uso da TI. E queremos ser um player decisivo nesse segmento”, reforça Campo Grande. Mas a automação comercial segue sendo o grande mercado e responsável pela maior fatia da receita da companhia.
“Há um esforço dos governos para usar a TI como ferramenta de maior fiscalização e arrecadação”, diz. E um dos produtos em destaque são os aparelhos D-SAT (Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos) que permitem aos varejistas o registro em tempo real de suas vendas e o envio digital ao sistema da Secretaria da Fazenda. Desde julho deste ano, novos estabelecimentos comerciais e empresas paulistas que atingiram cinco anos de uso de um antigo equipamento têm a obrigação de implantar um SAT Fiscal.
O ano de 2015, pontua Mário Campo Grande, não foi bom, mas, segundo ele, seria também um erro chamar de ‘ruim’. “Houve uma grande oscilação nas vendas, mas mantivemos os nossos negócios e traçamos uma estratégia que nos permite pensar em um 2016 melhor, mesmo reconhecendo que a situação macroeconômica não deve apresentar a melhoria desejada. Mas a Internet das Coisas está chegando no Brasil. Apostamos muito”, finaliza o executivo.
Site: Convergência Digital
Data: 29/11/2015
Hora: ——
Seção: Negócios
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41249&sid=5