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O Brasil caiu duas posições no ranking da UIT (União Internacional de Telecomunicações) em apenas um ano. O balanço sobre os serviços de comunicações em 157 países foi divulgado pela instituição nesta segunda-feira, 7/10. Conforme o documento, em 2012 o Brasil ficou com a posição de número 62 entre os países mais desenvolvidos no que se refere à sociedade da informação. Em 2011 ocupávamos a posição de número 60, depois de ter subido 7 posições em relação à posição ocupada em 2010. Mesmo assim, o Brasil voltou a ser incluído pela UIT entre aqueles que “fizeram mais progressos quando se trata de desenvolvimento das TIC” e teve a sua nota geral aumentada de 4,59 para 5,00.
A UIT calcula o Índice de Desenvolvimento das TICs (IDI) considerando 11 indicadores diferentes relacionados a infraestrutura e acesso, uso e habilidades. Esse índice mede o nível de desenvolvimento da sociedade da informação nos países avaliados e vem sendo publicado desde 2009.
Em todo o mundo, especialmente no Brasil, a banda larga móvel continua a ser o serviço de TIC que exibe as taxas de crescimento. Durante o ano passado, o crescimento dos serviços de banda larga móvel manteve a taxa de 40%, globalmente. Existem agora duas vezes mais assinaturas de banda larga móvel que assinaturas de banda larga fixa em todo o mundo. Quase metade de todas as pessoas do mundo inteiro está agora coberta por uma rede 3G. De acordo com o relatório, no Brasil a penetração da banda larga móvel aumentou de 22% em 2011 para 37% ao final de 2012, sendo que 88% da população estava coberta com a tecnologia 3G.
A Coréia do Sul lidera o mundo em termos de desenvolvimento das TIC , pelo terceiro ano consecutivo, seguida de perto por Suécia, Islândia, Dinamarca, Finlândia e Noruega. A Holanda, o Reino Unido, Luxemburgo e Hong Kong (China) também estão classificadas como top 10.
De modo geral, os números divulgados hoje pela UIT mostram que a absorção da tecnologias de informação e comunicação continua a crescer em todo o mundo , impulsionada por uma queda constante no preço dos serviços de telefonia e de Internet de banda larga. Segundo as projeções da UIT, quase 40 por cento da população mundial, e 31% da população dos países em desenvolvimento, estarão usando a Internet até o fim de 2013. Serão cerca de 2 bilhões de assinantes de banda larga móvel. E embora as velocidades da banda larga fixa e móvel continuem a aumentar, o preço dos serviços está caindo e as TIC estão se tornando mais acessíveis: nos últimos quatro anos os preços em banda larga fixa caíram 82%.
A proporção de domicílios com computador no Brasil, de acordo com a UIT, subiu de 45% para 50% no final de 2012. A proporção de domicílios com acesso à internet mostrou um crescimento ainda mais significativo, subindo de 38% em 2011 para 45% em 2012. Um dos motivos que explica tal crescimento é o Plano Nacional de Banda Larga, que prevê diversas medidas para levar o acesso à internet em banda larga para mais de 40 milhões de domicílios até 2014.
Não há dúvida de que as TICs continuarão a ser um elemento-chave para o desenvolvimento social e econômico. O acesso às novas tecnologias é importante para assegurar oportunidades relacionadas com o emprego, a educação, a saúde, a governança ou a construção da paz. Há um perigo real que enquanto o mundo se transforma em uma sociedade baseada em informação em alta velocidade, não haja igualdade de acesso às TICs para todos _ 4,4 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à Internet no mundo. As pessoas que vivem fora das grandes cidades dos países em desenvolvimento são aqueles para os quais as TICs podem ter o maior impacto no desenvolvimento. A divisão entre aqueles que fazem parte da sociedade global de informação e aqueles que não correm o risco de aprofundar.
Um novo modelo desenvolvido pela UIT para o relatório deste ano, estima o tamanho da população nativa digital em todo o mundo, mostrando que em 2012 havia cerca de 363 milhões de nativos digitais de uma população mundial de cerca de 7 bilhões. Isso equivale a 5,2% do total da população mundial, e 30% da população mundial de jovens. O modelo define nativos digitais como a juventude entre 15-24 anos com cinco ou mais anos de experiência online.
De um total de 145 milhões de usuários de Internet jovens nos países desenvolvidos , 86,3% são estimados como nativos digitais , em comparação com menos da metade dos 503 milhões de jovens usuários de Internet no mundo em desenvolvimento . Nos próximos cinco anos, a população de nativos digitais nos países em desenvolvimento deverá mais que dobrar.
O Brasil ocupa o 37º lugar no ranking de nativos digitais, com 60,2% dos jovens dessa faixa etária conectados, equivalente a 20.081.178 pessoas, o que corresponde a 10,1% da população total do país.
Site: IDG Now!
Data: 07/10/2013
Hora: 10h47
Seção: Internet
Autor: ——
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Link: http://idgnow.uol.com.br/internet/2013/10/07/brasil-melhora-mas-cai-2-posicoes-no-ranking-da-uit/