ALERTA MÁXIMO: vírus se espalha sozinho pelo WhatsApp e mira bancos brasileiros

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Um novo ataque cibernético está circulando com força no Brasil e acende um alerta para usuários de bancos como Itaú, Santander, Bradesco, Caixa, além de serviços como MercadoPago e Binance. Trata-se do Eternidade Stealer, um trojan bancário que se replica automaticamente pelo WhatsApp, criando uma cadeia de infecção difícil de interromper.

A descoberta foi feita pela Trustwave SpiderLabs, que identificou um nível elevado de sofisticação no ataque – tanto pela forma de disseminação quanto pela capacidade de roubo de dados sensíveis, especialmente informações financeiras.

Como o ataque funciona

O Eternidade Stealer opera em duas frentes:

  1. Um worm de WhatsApp escrito em Python, capaz de enviar automaticamente mensagens para contatos da vítima;
  2. Um dropper em formato MSI, que instala um trojan bancário escrito em Delphi.

Assim que o usuário abre o arquivo infectado, o malware:

  • Instala vários componentes maliciosos;
  • Analisa o sistema em busca de antivírus para tentar neutralizá-los;
  • Descriptografa e ativa cargas ocultas (payloads) que iniciam o roubo de dados;
  • Varre e extrai informações bancárias, contatos e detalhes técnicos do dispositivo.

O ataque é silencioso e projetado para parecer legítimo: ele adapta o texto, o nome do remetente e até o horário das mensagens enviadas via WhatsApp.
Como agravante, especialistas apontam que este trojan é mais difícil de remover do que outros ataques bancários comuns.

Por que o malware mira o Brasil

O software malicioso só ativa sua carga completa quando identifica o idioma português brasileiro. Com isso, ele maximiza eficiência ao explorar usuários que utilizam bancos digitais e aplicativos financeiros amplamente usados no país.

Os hackers automatizam o envio de mensagens via WhatsApp para ampliar rapidamente a infecção – uma ação em massa que acelera o roubo de listas de contatos e dados bancários.

Escalada dos ataques virtuais no Brasil

Um relatório da NordVPN, obtido pela CNN Brasil, mostra a dimensão do problema: foram 700 milhões de ataques virtuais em apenas 12 meses, o equivalente a 1.379 golpes por minuto no país.

Segundo Marijus Briedis, CTO da NordVPN, o maior perigo é que a vítima quase nunca percebe que foi comprometida: “Os hackers estão melhorando em se manter invisíveis enquanto roubam seus dados em segundo plano.”

O levantamento também aponta os sinais mais comuns de que um dispositivo foi invadido:

  • Bateria descarregando rápido;
  • Lentidão repentina;
  • Consumo anormal de dados;
  • Arquivos e apps desconhecidos;
  • Reinicializações aleatórias;
  • Abertura de apps sem comando;
  • Pop-ups mesmo com o navegador fechado;
  • Fotos ou gravações surgindo sem explicação.

Quando o telefone está comprometido, alerta Briedis, o risco vai além do desconforto: envolve segurança financeira, privacidade profissional e até roubo de identidade.

Como se proteger

O relatório apresenta recomendações essenciais:

  • Mantenha o sistema e aplicativos atualizados;
  • Evite carregadores públicos ou cabos desconhecidos;
  • Baixe apps apenas de lojas oficiais;
  • Em redes Wi-Fi públicas, use VPN;
  • Desative Bluetooth e Wi-Fi quando não estiver usando;
  • Use senhas fortes, biometria e autenticação multifatorial (MFA).

Se suspeitar de invasão:

  1. Desconecte o dispositivo da internet imediatamente;
  2. Troque todas as senhas por outro aparelho;
  3. Em casos graves, restaure o celular aos padrões de fábrica.

Alerta máximo

Com trojans bancários cada vez mais sofisticados e ataques crescendo em escala industrial, especialistas reforçam a necessidade de atenção total a arquivos recebidos pelo WhatsApp, especialmente quando vêm de contatos com mensagens fora do padrão.

O Brasil, sendo um dos países mais conectados do mundo, continua entre os alvos preferidos dos cibercriminosos, e a prevenção ainda é a ferramenta mais poderosa.

Texto: Redação TI Rio

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